Número de países que aceitam parceiros do mesmo sexo já é maior
Uma análise feita pela Crown World Mobility revela que houve uma mudança de perfil dos ingressantes em programas de mobilidade global e o cenário encontra-se mais diversificado e igualitário. Mulheres liderando os movimentos e maior número de casais do mesmo sexo aceitando oportunidades em outros países.
Com base nos movimentos das empresas que assessora e também no próprio cenário global, a Crown World Mobility, consultoria especializada em mobilidade global, que atua em mais de 53 países, inclusive com o Brasil, observou uma simplificação nos processos de migração de parceiros acompanhantes de mesmo sexo e casais não legalizados. O aumento de mulheres que lideram as transferências também foi notado. O relatório publicado pela empresa revela que cenário da mobilidade global e da imigração tem mudado bastante nos últimos anos. A expressão em inglês “trailing spouse”, por exemplo, usada para descrever o parceiro de uma pessoa, que estava sendo transferida de país, quase sempre uma mulher, deixou de ser usada.
Segundo Rafael Pavanelli, especialista de migração da Crown World Mobility no Brasil, há alguns anos quem mais ingressava nos programas de mobilidade global eram homens de meia-idade, acompanhados de suas esposas. Hoje, o cenário mudou. É notório um número maior de homens acompanhados de seus parceiros, também observam-se mulheres ocupando cargos de destaque em todo mundo e fazendo mais esse movimento de migrar de país. Viajando sozinhas, solteiras, com seus filhos, parceiros ou parceiras.
Isso porque as empresas tem atuado no sentido de atender às demandas de maior igualdade e diversidade, que tem sido observadas ao redor do mundo. A realidade em 2021 já é diferente. Mesmo que ainda existam alguns assuntos delicados e diferenças salariais, o mundo do negócio parece mais diversificado do que nunca. Em uma pesquisa realizada recentemente, pela Crown World Mobility, 66% das empresas tinha as questões de gênero como prioritárias em suas estratégias de diversidade e inclusão.
Como resultado, os desafios da imigração estão aumentando. A expectativa de justiça, igualdade e diversidade, ainda é bastante presente em algumas regiões do mundo, nem sempre é fácil de ser alcançada em regiões com culturas e tradições mais rígidas.
Pela perspectiva migratória, a legislação brasileira prevê a possibilidade de solicitação de residência independente da orientação sexual e essa é uma tendência crescente também em outros países. Ao contrário do que ocorria, até alguns anos atrás, quando a única opção para o parceiro acompanhante era conseguir um visto de negócio ou de turismo. No entanto, ainda podem existir dificuldades na obtenção de documentos no país de origem que comprovem a dependência para fins de autorização de residência.
“É Interessante observar inclusive que no Brasil, para quem vem de outros países, os formulários utilizados pelas autoridades no Brasil para realização das solicitações incluem pronome de tratamento diversos que compreendem a união de pessoas de mesmo sexo e pessoas que mudaram de sexo”, ressalta Pavanelli.
Nos EUA, Taiwan e vários outros países, o casamento do mesmo sexo é aceito. Na Europa é muito mais fácil e a situação está progredindo nas Américas. As necessidades de comprovação, variam de país para país. Mas, ainda existem entraves em países como o Oriente Médio.
“Mulheres solteiras e casais do mesmo sexo enfrentam ainda alguns pontos significativo quando decidem trabalhar no exterior, problemas que vão além do simples preenchimento da documentação. Mas o mundo está evoluindo e a mobilidade global está mudando com isso. Também entendo que, pelo fato de a legislação brasileira prever a união de pessoas de mesma orientação sexual, para os brasileiros isso facilite de alguma forma a comprovação de dependência para fins de obtenção de residência em outros países visando a reunião familiar.”, complementa o especialista.
Pavanelli ressalta ainda que, a pandemia está provocando entraves, dificultando alguns processos, que vão além dessas questões e que estão relacionadas aos aspectos de saúde pública. No enanto, a mudança para um mais justo sistema para acompanhantes, sejam do mesmo sexo ou em relações não legalizadas, já apresenta avanço. “Vemos sim mais e mais países simplificando o procedimento necessário para um parceiro acompanhante aplicar para uma autorização de trabalho e até incentivando esse movimento e isso é muito positivo para a humanidade na totalidade”, finaliza.
Minimizarem a agitação da mudança e as empresas a manterem suas políticas e alcançarem os resultados que esperam de suas transferências. Nossa abrangência de serviços oferece suporte ao deslocamento de indivíduos, famílias e funcionários para todo o mundo.